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Vera Silva, Bacharel em Direito
Vera Silva
Comentário · há 6 anos
Meus parabéns por sua valiosa dica.

Para o profissional do direito que não tem condição financeira já estabelecida ou um "parente ou padrinho" que lhe sirva de apoio e ajuda, no inicio da carreira, certamente tudo se torna bastante complicado e difícil.

Digo por experiência própria, pois no começo da minha carreira, durante o primeiro ano na atividade, eu trabalhei dividindo a locação de um barracão, contendo duas salas de atendimentos, uma sala de espera/recepção, cozinha e um banheiro, com um colega e estávamos nos dando muito bem, mas infelizmente ele veio a falecer, logo após completar um ano trabalhando juntos.

Eu fiquei me sentindo totalmente desamparada, ademais que não tinha a mínima condição financeira de arcar com os gastos totais do local.

Então triste e sem rumo, durante aproximadamente dois anos e seis meses, passei a atender via celular e os contatos pessoais, eu fazia reservas temporária em uma das salas da OAB em BH.

Mas devido a minha locomoção estar me causando bastantes gastos, entrei em contato com um colega e propus de locar uma sala e uso das dependências do escritório dele, arcando com a ajuda das despesas, ele se demonstrou falsamente satisfeito dizendo que eu não precisaria preocupar em comprar nenhum móvel, pois sublocaria a sala já montada, então fechamos o acordo verbalmente.

Satisfeita com resultado do contato e como havia um vigia que ficava com as chaves do local, o qual ficou responsável de me entregar à cópia das chaves no dia seguinte então marcou de atender uma cliente, porém, quando chegamos, para nossa surpresa não havia ninguém no local e o escritório estava fechado.

Diante de tal situação constrangedora não tive alternativa, senão fazer o atendimento, ambas sentados no banco de uma praça em frente ao citado escritório.
No dia seguinte, voltei ao escritório para saber o motivo do ocorrido, mas o “colega” secamente e sem maiores explicações alegou que decidiu não colocar “uma pessoa estranha” no escritório com ele.

Sentindo-me muito decepcionada, diante de tal atitude tão medíocre, disse algumas verdades a ele que não vem ao caso expor concluindo que certamente “encontrar-mos-ia nos tribunais”.

E sem nenhum centavo disponível e sem saber como conseguiria montar um escritório, acabei decidindo locar um espaço contendo uma sala de espera/recepção, uma cozinha, um banheiro e uma sala para os meus atendimentos, no entanto atendi a primeira cliente, ambas sentadas no degrau da escada.

A priori, a minha idéia era de encontrar uma colega leal e dividir o espaço, como também as despesas, mas infelizmente eu não encontrei de imediato.

No entanto, por meio de compras efetuadas em lojas de móveis usados consegui montar o meu escritório sozinha, pois fui comprando todos que eu precisava aos poucos e como um milagre, dentro do período de dez meses, eu já estava com o escritório todo montado, sem pendências financeiras e com uma recepcionista e três parceiros de trabalhos.

No decurso dos últimos anos minha clientela e parcerias vieram crescendo dias após dias e hoje tenho meu próprio escritório, até com maior espaço físico, divido os trabalhos com 10 parceiros (as) bem selecionados (as) os quais cobrem todas as áreas, cada um em seu próprio escritório, dispensei a secretária e meus atendimentos são somente, por referencias de outros clientes e com horários agendados, via telefone.

“Sinto-me tranqüila, realizada e não penso em enriquecer, apenas manter a estabilidade”.
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Vera Silva, Bacharel em Direito
Vera Silva
Comentário · há 6 anos
Boa tarde!

Concordo com a Fátima, nem toda profissão gera violência, normalmente as mais exposta são as que envolvem recebimentos de valores em nome de outrens...

Deixando em destaque que o patrono de uma causa recebe valores em nome de seus clientes e muitas vezes bem a menor que o pleiteado na causa e esperado pelo cliente.

A liberação de porte de armas não acredito ser a solução, pois aumentara os fatores de usos equivocados e acidentais.

Penso que tomando como exemplo do caso em tela, o profissional deve avaliar o seu cliente para saber como dispensar o tipo de tratamento, pois há muitas pessoas leigas e tempestivas fatos que dificulta a absorção de informações.

sendo que indiferente do tipo e valor da causa, o profissional deve manter o cliente nutrido de todas as informações possiveis, quanto aos andamentos processuais e transparencia total nos valores acordados nos contratos de honorários advocaticios e principalmente no acerto final da liquidação da causa.

As pessoas como um todo estão vivendo com os nervos na flor da pele, por causa destes tempos dificieis de crise economica e política.

Presumo que o cliente deve ter um desequilibro mental ou emocional, pois o valor é bastante irrisório para tal atitude extremamente brutal, sendo que poderia ter resolvido de forma pacifica, junto ao seu patrono.

Pelo que foi explanado no caso em tela, o profissional não deve ter tido tempo nem de se posicionar e defender.

Presumo que houve um equivoco entre as partes o qual poderia ter sido resolvido por meio de dialogo, indiferente do valor em discussão... NÃO JUSTIFICA A ATITUDE DO CLIENTE!
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